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Artistas santomenses enfrentam dificuldades para obter retorno financeiro, afirma Xboyy

  • São Tomé e Príncipe
  • música

20 de Junho de 2023


Santomean artists find it hard to make a living from their work, says Xboyy

The traditional style is gaining more and more visibility. But it's not all rosy, being an artist in Saint Tomé and Principe is a daily struggle. Xboyy is the artist name of Santomean singer Odair Furtado de Carvalho, who has just released music entitled "Montado", a fusion of puíta, stleva and rap. The singer already has a career spanning almost 10 years. He is the founder of Groupe NBS. Xboyy has always admired the late singer Camilo Domingos, from whom he drew much of his musical inspiration. The singer loves puíta and d'jambi as lively traditional styles.


Les artistes santoméens rencontrent des difficultés à vivre de leur activité, affirme Xboyy

Le style traditionnel gagne de plus en plus en visibilité. Mais ce n’est pas tout rose pour autant, être artiste à Saint Tomé et Principe est une lutte quotidienne. Xboyy est le nom d’artiste du chanteur santoméen Odair Furtado de Carvalho, qui vient de sortir la musique intitulée « Montado », une fusion puíta, stleva et rap. Le chanteur a déjà presque 10 ans de carrière. Il est à l’origine du Groupe NBS. Xboyy a toujours admiré le chanteur décédé Camilo Domingos, dont il s’est grandement inspiré musicalement. Le chanteur adore la puíta et le d’jambi en tant que styles traditionnels entrainant.


O estilo tradicional tem cada vez mais visibilidade no país. Mas nem tudo são rosas, ser cantor em São Tomé e Príncipe é uma luta diária.

Xboyy é o nome artístico do cantor santomense Odair Furtado de Carvalho, que lançou recentemente a música intitulada “Montado”, uma fusão de puíta, stleva e rap. O cantor já tem quase 10 anos de carreira e é membro fundador do Grupo NBS. Xboyy sempre foi um grande apreciador do falecido cantor Camilo Domingos, uma das suas maiores influencias musicais. O cantor adora a puíta e o d’jambi por se tratarem de estilos tradicionais animados e envolventes. Todavia, Xboyy também gosta de Rock ‘n Roll.

O autor de singles como “Far Away”, “Aneurisma”, e “Replay” tem boas memórias do seu início no mundo da música. “Quando comecei a cantar, houve outros artistas que também me apoiaram. Graças a esse apoio que eles me deram, senti-me acolhido no mundo da música. Por isso, sempre que vejo alguém a começar e com vontade de entrar no mundo da música, tento sempre apoiá-los, colocá-los em videoclipes, para que vejam como as coisas funcionam.”.

Xboyy conta que percebeu que as músicas cantadas na língua Santomé, uma das línguas nacionais de São Tomé e Príncipe, são muito valorizadas, nomeadamente pela diáspora. Cada vez mais, o estilo tradicional tem ganhado muita visibilidade. Mas nem tudo são rosas. Segundo Xboyy, ser cantor em São Tomé e Príncipe é uma luta diária. “Ser cantor em São Tomé é algo muito complicado. Porque aqui não temos uma indústria da música, não só da música, mas também não temos uma indústria artística desenvolvida.É um desafio para os cantores são-tomenses, uma vez que não conseguem viver da música. “Basicamente, os artistas são-tomenses só investem, não têm retorno. Porque os promotores de eventos dão mais preferência aos artistas estrangeiros em vez dos artistas nacionais. Além disso, existe a falta de apoios e investidores no mercado são-tomense. Esses artistas musicais fazem o seu próprio investimento. E isso leva alguns a abandonar o mundo da música porque não têm retorno.”.

A falta de investimento nos artistas nacionais é uma queixa geral. Xboyy disse que no arquipélago as pessoas não acreditam que um artista nacional pode ter sucesso. O artista aponta o exemplo da dupla de irmãos são-tomenses, CALEMA, que alcançou o estrelato graças aos investimentos feitos neles.

Para além da música, Xboyy trabalha como videomaker para assegurar o sustento da sua família e alimentar a sua carreira musical. Apesar dos desafios e dificuldades, o sonho do artista é poder viver exclusivamente da música um dia.

 

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