Futuros Criativos presente no maior mercado de indústrias criativas do Brasil
20 de Novembro de 2023
Futuros Criativos present at the largest creative industries market in Brazil
MIC BR is Brazil's Creative Industries Market, the third edition of which took place between the 8th and 12th of November 2023 in Belém do Pará, the capital of the state of Pará. ACEP was invited by the Brazilian Ministry of Culture to present the Creative Futures platform.
Futuros Criativos au plus grand marché des industries créatives du Brésil
Le MIC BR est le Marché des Industries Créatives du Brésil, dont la troisième édition s’est déroulée entre le 8 et le 12 novembre 2023, à Belém do Pará, capitale de l'État de Pará. L'État de Pará est peuplé de près de 9 millions d’habitants, et est recouvert de la plus grande forêt tropicale du monde, l’Amazonie. Le potentiel culturel et naturel de cette région est très significatif, car elle héberge un dixième des espèces de la planète.
O MIC BR é o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil, cuja terceira edição se realizou entre 8 e 12 de Novembro de 2023, em Belém do Pará, capital do Estado do Pará. A ACEP foi convidada, pelo Ministério da Cultura do Brasil, a apresentar a plataforma Futuros Criativos.
O MIC BR é o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil, cuja terceira edição se realizou entre 8 e 12 de Novembro de 2023, em Belém do Pará, capital do Estado do Pará. O Estado do Pará tem uma população de quase 9 milhões de habitantes, sendo coberto pela maior floresta tropical do mundo, a Amazónia. O potencial cultural e natural desta região é muito significativo, albergando 1 em cada 10 espécies do planeta.
A terceira edição do maior mercado de indústrias criativas do país procurou reflectir esta diversidade, tendo reunido milhares de profissionais de 15 sectores criativos do Brasil, mas também da Argentina, do México, de Portugal, de França, entre outros países. O evento de quatro dias contou com a presença de criativos dos segmentos do circo, dança, teatro, audiovisual, jogos electrónicos, editorial, música, hip hop, design, moda, artesanato, museus e património, áreas técnicas, artes visuais e gastronomia.
O público-alvo do encontro foram pequenos e médios agentes do sector da economia criativa, que participaram em reuniões bilaterais, pequenas apresentações artísticas com fins comerciais, actividades formativas, palestras magnas, mesas redondas e painéis. Os quatro dias de mercado foram também acompanhados de uma programação artística do Brasil.
Em simultâneo, decorreu a 1ª Bienal das Amazónias, patente em Belém desde 4 de Agosto e que expõem o trabalho de artistas brasileiros, peruanos, franco-guianenses, entre outros.
O convite do Ministério da Cultura do Brasil à plataforma Futuros Criativos, foi uma importante oportunidade de divulgação da plataforma e dos processos de mapeamento, divulgação e reforço do trabalho em rede entre agentes criativos dos PALOP e Timor-Leste que a ACEP, desde 2014, tem vindo a realizar em conjunto com pessoas e organizações destes países.
Representou, igualmente, uma oportunidade para alargar este processo ao Brasil, possibilitando a troca de conhecimento e de experiências e com vista à criação de laços colaborativos entre agentes criativos brasileiros e dos PALOP e de Timor-Leste.
O Futuros Criativos participou no segmento das áreas técnicas, tendo reunido com profissionais do design, do editorial, dos museus e do património e que trabalham as mais diversas temáticas, como por exemplo a interligação entre o design, o património e a justiça social e ambiental.
Segundo vários criativos, a dimensão continental do Brasil tem dificultado a criação de espaços de diálogo e de trabalho colaborativo com profissionais de outros países. Vários referiram, ao longo do encontro, o desconhecimento face ao sector criativo dos PALOP e de Timor-Leste. Demonstraram, no entanto, o interesse e a necessidade de se internacionalizarem e de reforçar o intercâmbio e o diálogo com agentes criativos de outras geografias, em particular de países africanos de língua oficial portuguesa.
Do encontro, que permitiu conhecer centenas de profissionais, a equipa do Futuros Criativos destaca o enorme potencial, capacidade técnica e profissionalização do sector criativo brasileiro, a inovação ao nível das políticas e do financiamento público e ao nível do mapeamento, fundamental ao desenho de políticas públicas.
Apesar da importância deste evento, gostaríamos de deixar uma nota negativa ao enorme destaque conferido aos seus principais patrocinadores, a Fundação Vale e a Vale S.A. (que em todas as sessões exibia o vídeo promocional da empresa). De acordo com parceiros da sociedade civil brasileira e moçambicana, por exemplo, a Vale S.A. tem sido responsável por iniciativas empresariais que constituem, segundo organizações locais e populações afectadas, crimes ambientais. As manifestações culturais em defesa do ambiente e a presença de criativos de povos indígenas da Amazónia foi por estes considerada inconciliável com as práticas da Vale S.A., tanto no Brasil como em outros países onde tem actuado.