Associação de Escultores de 16 de Junho
A valorização da Arte Maconde
Association of Sculptors of 16th of June
The Association of Sculptors of 16th of June is a collective founded in 2017, with the goal of promoting the Makonde art, characterized by carved wooden objects, figures and masks. The Makonde are an ethnic group in southeast Tanzania, northern Mozambique and Kenya. The group aims to opening an art school for vulnerable children and strengthen the technical capacities of its artists.
Association des Sculpteurs du 16
L’Association des Sculpteurs du 16 juin est un collectif fondé en 2017, dans le but de promouvoir l’art Makonde, caractérisé par des objets en bois sculpté, des figures et des masques. Les Makonde sont un groupe ethnique du sud-est de la Tanzanie, du nord du Mozambique et du Kenya. Le groupe vise à ouvrir une école d’art pour les enfants vulnérables et à renforcer les capacités techniques de ses artistes.
A Associação foi criada com o intuito de valorizar a Arte Maconde e permitir a troca de experiências e de conhecimentos entre artesãos.
A Associação de Escultores de 16 de Junho é um colectivo criado em 2017 que reúne escultores de artesanato em madeira e artistas de Batik. O colectivo surgiu da necessidade de alavancar investimento, valorizar a tradição de artesanato em pau preto da Arte Maconde e partilhar experiências e conhecimento entre artistas.
A grande maioria dos artesãos são originários do Planalto de Mueda, no nordeste de Moçambique, terra de Macondes. Pertencem ao colectivo mulheres, jovens raparigas e rapazes, pessoas portadoras de deficiência e moradores de bairros periféricos e de zonas rurais. A grande maioria dos artesãos tem a quinta ou a sexta classe.
O escultor Gilberto Pedro Augusto, retratado na fotografia, fez formação através de uma parceria entre a UNESCO e o Museu de Etnologia, que cede o espaço aos artesãos, nas traseiras do Museu, para venda das peças que produzem.
As esculturas em forma de mulheres e de animais, os brincos, os colares, os postais, os porta-chaves, as colheres, os bustos e os guarda-jóias são produzidos com recurso a madeira de árvores nativas, como a chanfuta, o pau preto, o pau rosa, o sândalo, o pau ferro e djambie e a osso de vaca.
A Associação tem participado em feiras, bienais e festivais e têm como principais parceiros o governo central e local, a Casa da Cultura de Moçambique, o Museu Nacional de Etnologia e o Ministério da Cultura.
São vários os desafios que enfrentam na sua actividade profissional, nomeadamente a falta de apoio do Estado e de acesso a fontes de financiamento. As ferramentas de trabalho, que vêm de países como Portugal e Alemanha, são também de difícil acesso para os artistas do Planalto de Mueda.
A pretensão de abrir uma escola para ensinar arte, destinada sobretudo a crianças em situação de vulnerabilidade, representa uma das principais ambições do colectivo. Para além disso, pretendem melhorar as competências técnicas dos artesãos, promover o intercâmbio de artistas e fazer um mapeamento dos artesãos macondes de Nampula.