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Mostra de Cinema nas Escolas Secundárias de São Tomé e Príncipe promove debate sobre Direitos Humanos

25 de Janeiro de 2023


Film Festival in Secondary Schools in São Tomé and Príncipe, invites to debate on Human Rights

Students from 7 secondary schools in São Tomé and Príncipe attended the first Itinerant Festival of Cinema and Human Rights, from January 9 to 18. Several films were screened, such as "My name is Maria", by Jéssica Lima, "Madame Mónica", by Carlos Yuri Ceuninck, "Mina Kiá", by Katya Aragão, "Change", by Welket Bungué and "Rã" by Ana Flávia Cavalcanti. With the objective of promoting access to educational cinema in schools and communities, as well as promoting the debate on human rights, the Itinerant Film and Human Rights Festival is an initiative of Tela Digital, financed by "Movies That Matter", a Dutch organization based in The Hague, which aims to broaden knowledge on Human Rights. The program includes screenings and debates, as well as meals for students and teachers. The launch of the festival took place in the Caué district. Both teachers and students from Angolares High School participated in the activity. According to the students of the Secondary School of Angolares, it was the first time that they participated in this type of initiatives, which according to them, should take place more frequently, and involve more students, teachers, and members of the community in general. Lígia Santos, advisor to the Minister of Education, Culture, and Science for Cultural Communication and Cooperation, attended the January 10 activities, which took place in the National High School library. The debate with the students was moderated by the social worker and writer, Ivanick Lopandza. In the district of Lobata, the auditorium of the Mé-Chinhô High School was almost too full to receive more than the hundred students present, who, after the screenings, actively participated in the debate moderated by the Santomean journalist and jurist, Calors Barros Tiny. The same thing took place in the district of Mé- Zóchi, in the auditorium of the Maria Manuela Margarido High School, where the debate was moderated by the Director of the Institute of Youth and former President of the National Council of Youth STP, Calisto Nascimento. The last session of the Festival took place in the Autonomous Region of Principe, on January 18th, in the presence of the Padrão Secondary School. The activities took place at the Protásio Pina Training Center, and the debate was moderated by the psychologist and volunteer of the Counseling Center Against Domestic Violence, Ketty-Keila Borges. Tela Digital aims to export the film to more schools in the country.


Festival de Cinéma dans les Etablissements de l’Enseignement Secondaire à São Tomé et Principe, invite au débat sur les Droits Humains

Les élèves de 7 écoles de l’enseignement secondaire à São Tomé et Principe ont assisté au premier Festival Itinérant de Cinéma et Droits Humains, du 9 au 18 janvier. Plusieurs films ont été projetés, tel que “Je m’appelle Maria”, de Jéssica Lima, “Madame Mónica”, de Carlos Yuri Ceuninck, “Mina Kiá”, de Katya Aragão, “Changement”, de Welket Bungué et “Rã” de Ana Flávia Cavalcanti. Avec pour objectif de promouvoir l’accès au cinéma éducatif dans les écoles et communautés, ainsi que de promouvoir le débat sur les droits humains, le Festival Itinérant de Cinéma et Droits Humains est une initiative de Tela Digital, financée par « Movies That Matter », une organisation hollandaise dont le siège se trouve à La Haye, et qui vise à élargir les connaissances sur les Droits Humains. Le programme comprend des projections-débats, ainsi que la distribution de repas pour les élèves et professeurs. Le lancement du festival a eu lieu dans le district de Caué. Autant les enseignants que les élèves de l’école secondaire d’Angolares ont participé à l’activité. Selon les élèves de l’Ecole Secondaire d’Angolares, ce fut la première fois qu’ils participaient à ce type d’initiatives, qui d’après eux, devraient avoir lieu plus fréquemment, et impliquer davantage d’élèves, de professeurs, et membres de la communauté en général. Lígia Santos, conseillère de la Ministre de l’Education, de la Culture, et de la Science pour la Communication Culturelle et la Coopération, a assisté aux activités du 10 janvier qui se sont déroulées dans la bibliothèque du Lycée National. Le débat avec les élèves a été modéré par le travailleur social et écrivain, Ivanick Lopandza. Dans le district de Lobata, l’auditorium du Lycée Mé-Chinhô était presque trop plein pour recevoir plus la centaine d’élèves présente, qui, après les projections, a activement participé au débat modéré par le journaliste et juriste santoméen, Calors Barros Tiny. La même chose a eu lieu dans le district de Mé- Zóchi, au sein de l’auditorium du Lycée Maria Manuela Margarido, dont le débat fut modéré par le Directeur de l’Institut de la Jeunesse et ancien Président du Conseil National de la Jeunesse STP, Calisto Nascimento. La dernière session du Festival s’est déroulée dans la Région Autonome de Principe, le 18 janvier, en présence de l’Ecole Secondaire Padrão. Les activités ont eu lieu au Centre de Formation Protásio Pina, et le débat fut modéré par la psychologue et volontaire du Centre de Conseil Contre les Violences Domestiques, Ketty-Keila Borges. Tela Digital a pour vocation d’exporter le cinéma dans davantage d’écoles du pays.


Estudantes de 7 escolas secundárias de São Tomé e Príncipe assistiram, de 9 a 18 de janeiro, à primeira Mostra Itinerante de Cinema e Direitos Humanos. A mostra contou com a exibição de filmes como “Chama-me Maria”, de Jéssica Lima, “Dona Mónica”, de Carlos Yuri Ceuninck, “Mina Kiá”, de Katya Aragão, “Mudança”, de Welket Bungué e “Rã” de Ana Flávia Cavalcanti.

Com o objectivo de levar filmes de teor educativo às escolas e comunidades e promover o debate sobre os direitos humanos, a Mostra Itinerante de Cinema e Direitos Humanos é uma iniciativa da Tela Digital, financiada pela Movies That Matter, organização holandesa com sede em Haia, que quer alargar os pontos de vista sobre os direitos humanos.

Segundo a Directora Executiva da Tela Digital, Katya Aragão, a Mostra Itinerante de Cinema e Direitos Humanos “surgiu da necessidade de se falar sobre os direitos humanos com a potencial próxima geração de líderes de São Tomé e Príncipe. É importante conhecermos os nossos direitos para que sejamos capazes de identificar eventuais violações. Os filmes constituem um excelente meio de transmitir mensagens, sobretudo com os mais novos, e provocar o diálogo sobre estas questões”.

O programa incluiu a exibição de filmes, seguida de debates, e por fim distribuição de lanches para alunos e professores. A mostra teve início no distrito de Caué. Tantos os professores como os alunos da escola secundária de Angolares participaram na actividade.

“Essa actividade é boa porque desperta a consciência das pessoas. Fazer com que os alunos despertem em si, que eles têm direitos. Penso que a actividade foi boa e para mim deveria haver mais dessas atividades em várias escolas”, disse António Semedo, professor de Física na Escola Secundária de Angolares.

Karen Pereira, 17 anos, aluna do 12º ano da Escola Secundária de Angolares disse que:

“Achei uma iniciativa muito boa. Espero que ela não pare por aqui. Gostei muito e aprendi imenso. Conheci mais de perto a realidade de São Tomé, e entendi melhor as coisas que eu sabia ou ouvia por aí”.

Segundo os alunos da Escola Secundária de Angolares, é a primeira vez que participam em actividades desta natureza, devendo realizar-se com mais frequência e envolvendo mais alunos, professores e a própria comunidade em geral.

Lígia Santos, Assessora da Ministra de Educação Cultura Ciências para a Comunicação Cultura e Cooperação, esteve presente na actividade do dia 10 de Janeiro na biblioteca do Liceu Nacional. O debate com os alunos foi moderado pelo gestor social e escritor, Ivanick Lopandza.

“Acho que é uma actividade importantíssima, na medida em que retrata os aspetos que acontecem hoje e são muitos chocantes. E quando há actividades que vêm contrariar ou que vêm trazer mensagens para que os alunos acatem o que está se passando, e desde muito cedo tentar fazer algo para a mudança de comportamento, é uma iniciativa louvável”, disse Lígia Santos.

De acordo com Lígia Santos, os filmes têm uma componente “pedagógica na medida em que os alunos podem perceber qual deve ser comportamento das pessoas quando as mulheres estão a ser ameaçadas, quando as mulheres se sentem agredidas, para não se calarem, para apelar às entidades, para que façam alguma coisa de modo a evitar a situação.”

“Acho boa iniciativa. E sim, deve haver actividades como essas, de modo a familiarizar os alunos e incutir neles os bons hábitos, bons costumes e a reação que eles devem ter, portanto, quando deparam com situações de género”, concluiu a Assessora da Ministra de Educação.

No distrito de Lobata, o auditório do Liceu Mé-Chinhô quase não tinha espaço para acolher os mais de 100 alunos que, após os filmes, participaram activamente no debate moderado pelo jornalista e jurista santomense, Carlos Barros Tiny. O mesmo sucedeu no distrito de Mé-Zóchi, no auditório do Liceu Maria Manuela Margarido, cujo debate foi moderado pelo Director do Instituto da Juventude e antigo Presidente do Conselho Nacional de Juventude STP, Calisto Nascimento.

“Eu gostaria que outros alunos recebessem as informações que recebi na actividade, porque fiquei a saber mais e a conhecer mais da nossa sociedade em geral” disse Lucínia dos Santos, aluna do Liceu Maria Manuela Margarido.

Na escola secundária de Neves e de Ribeira Afonso, os debates foram moderados pela Directora Executiva da Tela Digital, Katya Aragão. Para alguns alunos, esses debates foram pertinentes porque envolveram até mesmo os alunos mais calados.

Normalmente, a minha colega não fala assim com outros colegas. Hoje ela teve coragem para falar.  E ela não falou para si ou com duas pessoas, ela falou com a turma toda, e eu gostei”, disse Rosa Ferreira aluna da escola secundária de Ribeira Afonso.

 A última sessão da Mostra realizou-se na Região Autónoma do Príncipe, no dia 18 de janeiro com estudantes da Escola Secundária Padrão. As actividades decorreram no Centro de Formação Protásio Pina e o debate contou com a moderação da psicóloga e voluntária do Centro de Aconselhamento Contra Violência Doméstica, Ketty-Keila Borges.

A Tela Digital pretende levar o cinema a mais escolas do país.

“Foi muito desafiante por causa de alguns constrangimentos e limitações típicas do nosso país. Contudo, fazemos um balanço superpositivo da Mostra.  Levar os filmes às escolas, ver e ouvir as reações dos estudantes, debater ideias com eles foi muito enriquecedor para nós também. E fizemos questão de oferecer lanches em todas as escolas porque sabemos que, infelizmente, muitos só conseguem fazer uma refeição por dia. Pretendemos voltar a realizar a Mostra no próximo ano e chegar a outras escolas do país. Esperamos poder contar com mais parceiros a nível local. Está na hora de nós mesmos abraçarmos as nossas causas” concluiu Katya Aragão.

 

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