Portugal: Representantes das Tutelas da Cultura dos PALOP-TL reunidos em Lisboa para Formação em Estatísticas Culturais
23 de Outubro de 2025
Decorreu entre os dias 6 e 17 de outubro a “Formação em Estatísticas da Cultura para Instituições Públicas que tutelam o Setor da Cultura". Uma iniciativa que reuniu, em Lisboa, 13 participantes vindos dos seis países que compõem o grupo PALOP-TL.
A formação, promovida pelo PROCULTURA e implementada pelo OPAC — Observatório Português das Atividades Culturais, do Iscte – Conhecimento e Inovação, foi dirigida a representantes das tutelas da cultura de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Durante 10 dias, os formandos imergiram no tema das políticas públicas da cultura, nomeadamente nas áreas relacionadas com a produção de informação e desenho de estatísticas do setor cultural e criativo. Para além de sessões teórico-práticas em sala, onde tiveram inclusivamente oportunidade de reunir com representantes do Gabinete de Estatística, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC) e com a vereadora da cultura da Câmara Municipal de Torres Novas, o programa contemplou reuniões e visitas técnicas a várias instituições de relevância no setor cultural português, nomeadamente ao Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), à Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), à Museus e Monumentos de Portugal (MMP E.P.E.) e à Direção-Geral das Artes (DGARTES).
Na sessão de encerramento da Formação, o Professor José Soares Neves, Diretor do OPAC, aproveitou para fazer não só um apanhado, mas também um balanço das duas semanas de Formação, salientando a complexidade da área governativa da cultura e destacando a importância dos recursos humanos envolvidos. “É essencial conhecer os dados, instrumentos e objetivos, mas será sempre determinante conhecer as pessoas que, efetivamente, trabalham estas temáticas.” Revelou ainda a abertura do Observatório para dar continuidade a este encontro, no sentido de aprofundar de forma comparada, continuada e sistematizada o conhecimento deste sector nos PALOP e em Timor-Leste.
Por sua vez, Pedro Oliveira, Vice-Presidente do Camões, I.P., destacou a aposta determinante da União Europeia nesta atividade, que permitiu dotar os participantes de ferramentas essenciais à adoção de políticas públicas que visem o crescimento e desenvolvimento dos setores artístico e cultural de cada um dos países parceiros. Confessou também a esperança de que os contactos estabelecidos e as redes criadas nesta Formação perdurem, terminando com um apelo aos 13 representantes das tutelas para que aproveitem as oportunidades que a União Europeia oferece e apliquem os conhecimentos adquiridos no regresso a casa: “Não tenham medo do risco”.
O PROCULTURA é um projeto financiado pela União Europeia, que é gerido e cofinanciado pelo Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e conta também com financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian. Dispõe de um orçamento de 19 milhões de euros e tem como objetivo contribuir para a criação de emprego em atividades geradoras de rendimento na economia cultural e criativa nos PALOP e em Timor-Leste.
*Fotografias de Fernando Pineza / Gabinete de Comunicação do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa


